quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Direi Tudo (Poema à quem tanto me feriu)

Direi tudo
Fui eu, Covarde
Agi submisso
Fidelidade, minha lei, minha honra

O que ganharia se fosse interesse?

Apenas solidão,
Pois estaria na merda de um banco de ônibus, sozinho
Ainda estaria com a porra de um sorriso apaixonado

E na memória
A merda de sua imagem
A merda de suas lembranças
E por pouco tempo iludido, estaria feliz
Após o que? Uma semana? Sim, uma semana
Estaria eu, deprimido
Pensando em você,
Estaria mal, morrendo novamente
Por você

Até que foi bom para você não foi?
Dei tudo que tinha, até meu coração
Ri de tudo, chorei por nada
Introduzi você no meu sangue
Antes de sangrar
Notei seu peito, exaltado e o seu olhar
Olhando cheio de lágrimas
Foi apenas mais uma mentira
Covarde eu, covarde você
Tão estúpido eu por te amar

Me sinto tão miserável,
Com estes trapos, vejo neles todas as minhas lembranças
Não há minha opinião, nunca houve
Houve somente o amor
Eu submisso à sua sabedoria

Nessas horas em que estou sozinho
Toda dor parece minha
Toda dor no meu sangue, na minha mente, tudo
Menos a esperança de ter-te novamente

Não há nenhuma esperança
Não há mais minha vida
Você me matou, sabia? Prometeu, mentiu
Disse me amar, demonstrou,
Agora eu aqui morrendo por ti
Quão tolo eu,
Quanta miséria,
A merda da minha ingenuidade
Minha futura morte...

Pois agora, meu sangue fala-me alto,
Tudo está prestes a acabar,
DOR, DOR, DOR, nesta lágrima,
Neste grito, neste pranto

Ainda me talha o sangue ao lembra que,
Após o que, uma semana? Más já faz um mês, um ano, dois anos!
Dois anos que estou aqui
Na merda da solidão
Com a merda de sua imagem,
Na merda de sua lembrança,
Mas agora, vá onde quiseres
Beijes os lábios de todos os desgraçados do mundo
Se suje, não me importo,
Pois agora sei,
Que tu,
És uma imbecil que me conquistou,
Digo que tu, mulher sem alma,
Ainda morrerás, de tantos desgraçados a te beijar.

César Felipe de Sousa

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