domingo, 6 de fevereiro de 2011

Uma pequena passagem...

Na janela sentiu o vento soberano atrapalhando-lhe de manter os olhos abertos, respirou fundo e saiu a caminhar, sua serenidade vinha de tudo que fez no dia anterior, disse que o amava, disse por uma mensagem no telefone,

"Sei que acha que somos somente amigos, não aguento mais o segredo, EU TE AMO, não me responda, me encontre amanhã perto da linha do trem, onde nos conhecemos, se aceitar ficar comigo para sempre, se não, me perdoe, TE AMO."

Estava com a pele perfumada e com roupas leves, sua pele branca com sardas nas bochechas, sua beleza estranha, correu por parte do caminho, saiu da rua da cidade subindo um morro de mato amarelo, o vento refrescava de acordo com que o sol queimava-lhe as bochechas, pensava nele como o grande amor de sua vida, tinha certeza que ele estaria ali a esperar-lhe, afastou-se de tudo, não conseguia ouvir um barulho sequer.

Sentou-se perto da linha do trem e esperou, seu coração só pensava em como o veneno do amor dói ao esperar o amado, ao esperar um sim ou um não, pegou um graveto e ficou ali brincando com a terra, volta e meia olhava para o horizonte, para a direção de onde ele viria, respirava quente, fundo e nervoso, o veneno do amor já fazia efeito e sua pele esquentava mais que o necessário, suava frio, e principalmente, amava a possibilidade de seu grande amor, chegar em instantes.


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