Percebo a minha volta a tristeza de cada um, L que se perdeu
em tanta vontade de amar, as vezes nos dá um olhar de fúria que nada mais é que
carência, deixa os cabelos numa cor de dúvida, em sua rotina pede por
acolhimento, um “não me toque” que significa “preciso de amor”, nesses medos
encontrarás perguntas que a cada dia, mudarão seu ser, até o tão esperado
momento em que tudo se perderá, você sem controle encontrará respostas e na
maior fé do mundo conseguirá prosseguir.
D que de tantas certezas fica perdida nos caminhos, nas
descobertas recria um mundo todo que antes era inquebrável, fico pensando em
uma música que diz assim:
“sou muito nova para segurar a “barra” sozinha, e
muito velha para largar tudo e sair correndo (...)”,
lembro também de outra
música,
“Eu tinha medo das mudanças, pois construí minha vida ao seu redor
(...)”.
Será que essas duas frases de músicas encostam ao menos um pouco em seu
coração? Admito ter medo de não ser capaz, capaz de tocar e mudar a vida de
alguém com minhas palavras, talvez esse seja meu maior objetivo. E você D, em
seus cristais de alegria, esconde uma dor leve e profunda, dor que assim como L
e eu, você sente no coração.
Parece que não somos capazes de suprir nossas próprias
necessidades, não o tempo todo, isso realmente importa?
É tão tênue as nossas ligações, sempre com uma barreira
protetora, confundindo os papeis, com receio de magoar um ao outro, por isso é
valioso, pois é passageiro e sei que vou chorar muito quando essa linha se
partir, quando um de nós tiver que ir, quando aquele ultimo olhar for lançado;
E pronto, nada mais será certo, não poderás contar comigo para um abraço ou
conforto, em outros braços e amizades, novas ligações serão feitas, nunca será
igual, mas ainda assim suprirá o espaço vazio que sempre carregamos, preencherá
ao menos um pouquinho, ao menos por enquanto.
Neste momento enquanto a chuva bate em minha janela, sinto
que meu coração chora, sinto que a noite é dura, má. Mas o sol já vem por ai.
Um novo dia para plantar e colher, para abraçar, sorrir, brincar, enganar-me
nas alegrias passageiras. Obrigado por tudo, sempre irei agradecer.
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