Conhece essa cor? Imagino que sim, deve ter uma ideia de como ela consegue ser forte, AZUL ANIL, é preciso reforçar bem essa cor, acredite logo entenderá o porque. Sou dono de um mercado, esse mesmo do titulo, por fora tem esse tom, por dentro resolvi colocar uma cor mais clara e vivida, como um amarelo fosco desses de consultório de dentista, essa cor você conhece né? O amarelo? E o Azul Anil? O azul é daqueles que dá dor de cabeça se ficar olhando muito tempo, é aquele azul que misturado com vermelho cria um tom frio como a morte.
Creio que nunca visitou meu mercado, é simples, apenas um comodo onde coloquei prateleiras lotadas de coisas, não tenho muitos clientes, mas mantenho aberto de nove da manhã até as seis da tarde, um bom horário né? Tal que criei uma historia para este lugar, como um conto, falo sempre para os meus clientes pena que eles não acreditem.
Pelo tom azul anil, o ambiente fica cheio de espíritos, é, acho que são espíritos, ouço sempre barulhos, vozes, as coisas fora do lugar, fato é que um dia organizei todas as prateleiras de forma a ajudar quem vem comprar aqui e no outro dia, tudo estava bagunçado novamente.
Bobagem né? Talvez, mas vamos ao fato que aconteceu há uns dias:
Sentei na calçada de minha casa, por volta das oito da noite a rua já estava vazia, onde moro o frio começa em Abril termina apenas em Novembro, oito da noite e ninguém além da névoa na rua, uma criancinha então se aproximou:
_OI, minha mãe pediu para perguntar se você pode me vender pães.
_Claro, mas não tenho coragem de entrar lá agora!
_Como assim?
_Você não sabe a historia desse lugar?
_Não?!?
Contei calmamente, afinal era uma criança ou um pré-adolescente, chamem como quiserem.
Ri alto quando ele bravamente disse -Eu entro lá! Não acredito em nada disso e não tenho medo!- Enquanto eu ria levantei e já fui abrindo o portão, -Eu não vou com você, já aviso logo, e tome cuidado, não responda quando ouvir seu nome, quem fica ali dentro sabe o nome de todo mundo!-.
Enquanto o menino caminhava pelo corredor que dava ao mercado, entreguei-lhe as chaves da porta dos fundos, ele não demonstrou medo, pelo contrário, até tinha muita lucidez e esperteza, abriu a porta fazendo aquele barulho, como quando está enferrujado. Um ar quente saiu do ambiente e eu fiquei ali parado no corredor enquanto ele entrava olhando as vezes para traz, não acendeu a luz e foi caminhando até a prateleira de pão, pegou a sacola que fica ao lado e com a mão já ia pegando um por um sem se preocupar com mais nada.
A voz veio meio tremula de um lugar longe da Terra, chamando-o "Thiago". Não dava para dizer se era homem ou mulher,ele olhou alarmado para minha direção, mas eu não estava mais lá. Ele não percebera que caminhei para dentro do mercadinho, com uma lâmina afiada podemos fazer quase tudo, era o que meu pai me ensinou, e foi com essa lâmina afiada que cortei-lhe a garganta antes mesmo que dissesse algo.
Sujou tudo, péssimo lugar para fazer aquilo, teria de limpar no escuro para não levantar suspeitas, a mãe do menino veio uma hora depois provavelmente procurando por ele, eu disse que não o vi e que ninguém me procurara, terminei de limpar e o corpo, bem, tirei boa parte do sangue e misturei com tinta vermelha que guardava dentro de casa, a cabeça deixaria apodrecer debaixo da terra no sitio que tenho aqui perto, os outro ossos também, mas a carne, fiz carne moída, fresquinha, fez o maior sucesso por lá, disse que era de um bicho que um amigo matou em algum lugar, a policia veio alguns dias depois perguntando coisas que eu não podia responder, afinal, não o tinha visto, nem sabia do paradeiro dele, pintei meu mercadinho de vermelho, aquele vermelho meio vinho, era o que parecia, vinho, hoje ainda conto historias de alma penada, quem sabe mais alguém vai aventura-se por lá.
Creio que nunca visitou meu mercado, é simples, apenas um comodo onde coloquei prateleiras lotadas de coisas, não tenho muitos clientes, mas mantenho aberto de nove da manhã até as seis da tarde, um bom horário né? Tal que criei uma historia para este lugar, como um conto, falo sempre para os meus clientes pena que eles não acreditem.
Pelo tom azul anil, o ambiente fica cheio de espíritos, é, acho que são espíritos, ouço sempre barulhos, vozes, as coisas fora do lugar, fato é que um dia organizei todas as prateleiras de forma a ajudar quem vem comprar aqui e no outro dia, tudo estava bagunçado novamente.
Bobagem né? Talvez, mas vamos ao fato que aconteceu há uns dias:
Sentei na calçada de minha casa, por volta das oito da noite a rua já estava vazia, onde moro o frio começa em Abril termina apenas em Novembro, oito da noite e ninguém além da névoa na rua, uma criancinha então se aproximou:
_OI, minha mãe pediu para perguntar se você pode me vender pães.
_Claro, mas não tenho coragem de entrar lá agora!
_Como assim?
_Você não sabe a historia desse lugar?
_Não?!?
Contei calmamente, afinal era uma criança ou um pré-adolescente, chamem como quiserem.
Ri alto quando ele bravamente disse -Eu entro lá! Não acredito em nada disso e não tenho medo!- Enquanto eu ria levantei e já fui abrindo o portão, -Eu não vou com você, já aviso logo, e tome cuidado, não responda quando ouvir seu nome, quem fica ali dentro sabe o nome de todo mundo!-.
Enquanto o menino caminhava pelo corredor que dava ao mercado, entreguei-lhe as chaves da porta dos fundos, ele não demonstrou medo, pelo contrário, até tinha muita lucidez e esperteza, abriu a porta fazendo aquele barulho, como quando está enferrujado. Um ar quente saiu do ambiente e eu fiquei ali parado no corredor enquanto ele entrava olhando as vezes para traz, não acendeu a luz e foi caminhando até a prateleira de pão, pegou a sacola que fica ao lado e com a mão já ia pegando um por um sem se preocupar com mais nada.
A voz veio meio tremula de um lugar longe da Terra, chamando-o "Thiago". Não dava para dizer se era homem ou mulher,ele olhou alarmado para minha direção, mas eu não estava mais lá. Ele não percebera que caminhei para dentro do mercadinho, com uma lâmina afiada podemos fazer quase tudo, era o que meu pai me ensinou, e foi com essa lâmina afiada que cortei-lhe a garganta antes mesmo que dissesse algo.
Sujou tudo, péssimo lugar para fazer aquilo, teria de limpar no escuro para não levantar suspeitas, a mãe do menino veio uma hora depois provavelmente procurando por ele, eu disse que não o vi e que ninguém me procurara, terminei de limpar e o corpo, bem, tirei boa parte do sangue e misturei com tinta vermelha que guardava dentro de casa, a cabeça deixaria apodrecer debaixo da terra no sitio que tenho aqui perto, os outro ossos também, mas a carne, fiz carne moída, fresquinha, fez o maior sucesso por lá, disse que era de um bicho que um amigo matou em algum lugar, a policia veio alguns dias depois perguntando coisas que eu não podia responder, afinal, não o tinha visto, nem sabia do paradeiro dele, pintei meu mercadinho de vermelho, aquele vermelho meio vinho, era o que parecia, vinho, hoje ainda conto historias de alma penada, quem sabe mais alguém vai aventura-se por lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário