Cheguei à festa sem pensar em nada, a não ser me divertir, alguns familiares, alguns desconhecidos, tudo estava bem. Até que quem eu não queria encontrar apareceu, meu primo, sim, ele entrou pela sala como uma pessoa normal, as botas típicas de um cowboy, uma fivela dourada e uma blusa xadrez, traços de homem, rosto de anjo.
Olhares que teimam em não se encontrar, evitam tal encontro pela chama que sempre aparece, assim estávamos, nossos olhares então, por acaso se encontraram como fogo, o segredo é que eu e ele sempre nutrimos uma paixão mutua, ainda lembrava cada centímetro de seu pênis, grosso e que na penumbra da noite não tinha cor, apenas forma, uma forma que encaixava em mim como uma roupa, como uma bala na boca, ainda lembrava do sabor, e principalmente, do desejo que sempre senti.
Caminhou pela sala com as botas em seu barulho comum, um perfume que nunca mudou, uma mão grossa, lida da roça, um braço grande, longo, saiu sem olhar nos meus olhos, ele já sabia que ao me olhar, sentiria arrepio e desejo, por isso preferiu evitar, meu pênis rijo ao perceber sua presença teimava em não acomodar-se, instigava meus pensamentos, quando ele saiu, foi um certo alivio.
Eu bebia um copo de cerveja, vi que a cerveja acabou e teria de ir buscar, sabia também que lá, estaria ele, o desejo de todo o sempre. Fui na lombeira de álcool no sangue, o vi novamente e o ignorei, bebi, e assim persisti durante longas horas de lembranças e coração acelerado. Até que a cerveja acabou, hora de dormir, eu sem cama certa, algumas pessoas iriam dormir no carro, ele arrumou uma cama de solteiro para ele, e minha avó sugeriu:
-Felipe dorme com Victor, dois homens, nada de mais.
-Por mim tudo bem.
-Por mim tudo bem.
Respondi já sentindo o palpitar de meu corpo. Foram todos se deitando, nós num quarto sozinhos, pela primeira vez sozinhos realmente, ele abriu cada botão da camisa levemente, olhando para mim, eu o olhava intensamente e ele ria discretamente, tirou a blusa e jogou em minha direção, minha blusa gola V não tinha botões, tirei rápido e também joguei para ele como retribuição. Ouvimos um barulho e disfarçamos, era minha avó perguntando se estava tudo bem, disse q sim e tirei a calça, a cueca preta, e ele com cueca vermelha, fechei e tranquei a porta, deitamo-nos juntos, um de frente para o outro, nossos pênis estavam pedindo pelo toque, o cheiro comum de algodão, uma pequena luz q vinha da lua iluminava suas formas, fui aproximando a mão, que em poucos momentos se encontrou com a dele.
Ele bruto levou minha mão direto a seu pau, pulsava quente, me desejava, fiz o mesmo, ele me masturbou rápido, bruto, sem jeito, com certa pressa, já eu fiz com calma, afastei-me de forma a alcançar seu pênis com minha boca, chupei ate o fim, um enorme pênis que entrava em minha boca e um leve gemido que dele saia, junto a seu delicioso cheiro.
Êxtase, continuei clamando pelo seu gozo, ele empurrava minha cabeça com suas enormes mãos, perguntou se eu queria ser chupado, disse que sim, veio sem jeito, com sede, apertava-me a bunda e eu já sabia o que queria, foi simples, virei, e ele com ajuda do cuspe, veio com calma, entrou a enorme cabeça, senti rasgar, não liguei, era fogo demais, foi entrando aos poucos, ate que totalmente dentro, começou a ir rápido, eu tentava conter o gemido, a dor, o prazer me ajudava, o saco dele batia em mim de forma continua, barulho, calor, desejo, prazer.
-Para, por favor, tá doendo!
-Não, tô quase gozando, deixa...
-Não, tô quase gozando, deixa...
“Quase gozando” deixei, queria sentir seu leite em mim, não demorou muito quando uma coisa quente me molhou, mais quente que um enorme pau que era o dele, havia gozado, que delícia, que sonho, tirou o pau com carinho, eu fui ver se não havia sujado, e não havia. Era minha vez, meu pau duro, penetrei-o rápido, ele me puxava, eu metia com tesão, transa dos sonhos, pouco depois senti minhas pernas repuxando, era prazer, era o gozo que chegava, gozei muito, sentia os esporros que entravam nele, e ele mordia os lábios me apertando , queria isso, queria que eu o desejasse, mal sabe ele que sempre o desejei, desde a nossa primeira e nossa ultima vez juntos.
Continuamos a nos tocar a noite toda, e o beijo verdadeiro veio apenas ao amanhecer, quando eu o vi olhando para mim, eu olhei a ele, beijamo-nos rápido, gostoso, quente, com as línguas extremas a se procurarem. Foi o ultimo beijo até hoje.
Poderia ter sido mais sutil e menos pornográfico.
ResponderExcluirMesmo assim gostei.
Abraços
vc escreve bem e o texto é bem detalhista. gosto de seu estilo, sabe narrar situações
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